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Mais uma crise na Europa, desta vez assumindo proporções de drama humanitário. Um problema muito complexo de solução difícil. 

Sempre existiram historicamente movimentos migratórios no mundo, cujas razões se assemelham às atuais – a fuga da guerra ou a busca de melhores condições económicas. Mas a intensidade diária é que espanta, atingindo uma média descontrolada de 4000 migrantes por dia a atravessar as fronteiras.

Mais uma crise que prova a que a Europa existe enquanto continente, mas não existe enquanto europa política. É cada mais evidente a falta de convergência, os diferentes entendimentos do problema e a falta de solidariedade entre os diversos países europeus.  

Cada vez se torna mais determinante a existência de uma voz europeia e não de 28 vozes discordantes. É assim com a moeda, devia ser assim com o orçamento, com a fiscalidade e também com a política externa e social. 

Esta crise humanitária dos migrantes é típica da sociedade global e com o crescimento populacional do planeta é natural que volte a repetir-se e a intensificar-se mesmo em contextos diferentes. Também se prova que não existem ideologias para a sociedade global. As ideologias que conhecemos centram-se ainda na sociedade industrial, já ultrapassada. 

O relatório da ONU sobre a população mundial revela que em 2022, a Índia terá cerca de 1400 milhões de habitantes e aproximadamente 19% da população mundial, ultrapassando a China e que o crescimento demográfico em África será superior ao da Ásia. Em população, a Nigéria irá ultrapassar os Estados Unidos em menos de 40 anos. Segundo as projeções da ONU, a Nigéria passará dos atuais 182 milhões de habitantes para 262 milhões em 2030, e para 400 milhões vinte anos mais tarde. Nesse ano, a população americana será de 389 milhões.

Estes valores economicamente podem-se explicar pelo facto de que a natalidade nos países desenvolvidos representa para os pais um centro de custos, no sentido de manter os padrões de qualidade de vida e nos países mais pobres, representa uma unidade de produção.

Apesar da maioria dos migrantes ter razões de fuga da guerra (refugiados), muitos também são migrantes económicos, ou ambos. Existe igualmente a dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de controlar eventuais infiltrados com objetivos terroristas.

Em suma, novos problemas exigem novas soluções e sobretudo novas instituições.

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