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De estudante a profissional de excelência – a importância do autodesenvolvimento

30 de Outubro, 2023

A transição do meio académico para o mercado de trabalho é um processo que envolve muitas mudanças e desafios, e nem sempre as competências adquiridas em contexto universitário são suficientes para que os recém-licenciados se tornem profissionais de excelência.

Neste âmbito, é importante identificar e refletir sobre os diferentes caminhos que estimulam o autodesenvolvimento e que permitem obter as metas e os objetivos desejados.

Para que o percurso seja bem-sucedido é necessário maximizar os pontos fortes e ter noção dos aspetos que necessitam de ser melhorados. Deste modo, o autodesenvolvimento pode ser definido como um recurso que permite a aquisição de conhecimentos por iniciativa própria, e como tal, constitui um elemento-chave para passar de estudante a profissional de excelência. Durante este processo a pessoa é responsável por desenvolver competências que contribuam para acrescentar valor a si própria e à organização onde desempenha funções. Por conseguinte, é fundamental apostar na aprendizagem contínua (e.g., workshops, participação em conferências), porque numa época caracterizada pela inovação constante, os conhecimentos adquiridos durante o percurso académico tendem a tornar-se obsoletos, o que dificulta a adaptação à mudança e aos desafios do dia-a-dia. 

O autodesenvolvimento pode ser aprimorado ao longo do tempo e contribui para alcançar uma vida mais plena e realizada. As pessoas que investem no seu crescimento pessoal e profissional são recetivas, motivadas, abertas a novas experiências e não apresentam resistência à mudança, o que se traduz na edificação de uma carreira promissora. Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo, os empregadores valorizam as pessoas proativas que estão dispostas a investir em si próprias para atingir as metas a que se propõem. Além disso, a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento/aperfeiçoamento de novas competências permitem que a pessoa prospere e contribuem para aumentar os níveis de satisfação profissional e a identificação com as tarefas realizadas. 

Ao adquirir novas competências e conhecimentos, o profissional sente-se mais confiante para enfrentar desafios, o que melhora a sua autoestima e a sua motivação para continuar a aprender. É importante ressaltar que o autodesenvolvimento também contribui para o desenvolvimento de soft skills (e,g, relacionamento interpessoal, empatia), que além de serem muito valorizadas pelos empregadores, são fundamentais para a progressão de carreira e para fazer a diferença no mercado de trabalho.

Os profissionais de excelência estão dispostos a assumir riscos e a sair da sua zona de conforto para enfrentar novas experiências, mesmo que isso signifique cometer erros, porque o fracasso faz parte do processo de aprendizagem e as falhas constituem oportunidades de crescimento. O sucesso surge da vontade de satisfazer um desejo e quando uma necessidade é satisfeita, deve ser estabelecido um novo objetivo e assim sucessivamente. Portanto, verifica-se que o autodesenvolvimento é pautado pela necessidade de crescimento e para que o mesmo seja bem-sucedido, é essencial considerar três fatores: (a) o autoconhecimento sobre os pontos fortes e os que necessitam de ser melhorados; (b) o planeamento para definir a melhor forma de atingir os objetivos pretendidos; e (c) a proatividade, porque o sucesso não acontece por acaso, é necessário trabalhar para o alcançar. 

É ainda importante que o recém-licenciado fortaleça a sua rede de contactos (e.g., especialistas na área, responsáveis pelo processo de recrutamento e seleção), porque além do networking contribuir para conhecer as últimas tendências e inovações na área profissional, é útil para encontrar novas oportunidades de emprego e/ou progredir na carreira. Estas estratégias são essenciais para que os estudantes se transformem em profissionais de excelência, porque as organizações estão cada vez mais conscientes da importância dos seus recursos humanos e do valor que acrescentam à organização.  Perante estas evidências, têm vindo a apostar numa gestão estratégica dos seus colaboradores, porque só assim conseguem os resultados que pretendem e fazem a diferença face à concorrência. Ao promoverem uma cultura de autodesenvolvimento, contribuem para aumentar a produtividade e otimizar os resultados, porque quando os colaboradores têm um objetivo comum tendem a fazer um esforço adicional para o conquistar.

O autodesenvolvimento não termina quando se alcança um elevado desempenho, porque é necessário continuar a trabalhar para manter os níveis de excelência que permitem obter um lugar de destaque no mercado de trabalho. Durante o caminho percorrido pelo estudante para chegar a profissional de excelência, o autodesenvolvimento é a bússola que orienta o seu percurso e transforma os desafios em degraus que o conduzem ao topo de uma carreira de sucesso.

Professora Doutora Rosa Rodrigues, Coordenadora da Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos e Andreia Barroqueiro, ex-aluna do Mestrado em Gestão do Potencial Humano para a RH Magazine

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