A garantia de que todos os alunos têm direito a uma educação de qualidade, que respeite a sua individualidade, naturalmente diversa, convoca-nos para uma reflexão sobre o que tal desígnio implica em vários domínios.
Designadamente ao nível da organização das escolas, dos espaços e dos ambientes de aprendizagem, da gestão do currículo e das competências a desenvolver, das finalidades da avaliação das aprendizagens, da natureza e da forma de trabalhar entre docentes e entre estes e outros técnicos especializados da escola, da gestão dos recursos técnicos e humanos, dos atores internos e externos que carecem de ser mobilizados e das vozes que é necessário ouvir e compreender.
Precisamos, aos mais variados níveis da intervenção educativa, de nos questionarmos sobre o quadro mental e de valores que nos rege e sobre as nossas práticas, no sentido de procurar garantir que toda e qualquer opção que façamos cumpre o desígnio de uma educação que garanta a inclusão de todos e de cada um e a equidade no acesso às aprendizagens, ao desenvolvimento máximo das potencialidades e das expetativas de cada ser humano e à criação de condições que garantam uma participação ativa na sociedade de todos os cidadãos.
A ética e o conhecimento são fundamentais para iluminar este caminho coletivo que a todos deve comprometer no sentido de construirmos uma sociedade mais solidária, coesa e justa. Por isso, estamos aqui para concluir um caminho coletivo de aprendizagens que representa todos estes valores, todos estes desafios e sobretudo o amor por tudo o que fazemos diariamente como professores.
Digital – para a melhoria de uma nova realidade tecnológica da digitalização, automação e outras transformações ainda desconhecidas;
Verde – para a melhoria da dimensão ecológica, ambiental e sustentável;
Liderança educativa – para a melhoria de um novo paradigma de sistema educativo, baseado numa liderança participada, centrada na criatividade, comunicação e saber pensar.
É preciso um novo contrato social para a educação, que possa reparar as injustiças enquanto transforma o futuro, contrato este que deve promover uma pedagogia organizada nos princípios da cooperação, colaboração e solidariedade e que deve ser projetada para uma escola fora dos muros da mesma, uma sala de aula “sem paredes”, privilegiando metodologias ativas e inovadoras.