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O patriarcado em tempos de guerra!

11 de Fevereiro, 2019

POR: Professor Doutor Casimiro Ramos, Docente do ISG – Instituto Superior de Gestão

Podíamos começar por apresentar uma grande variedade de definições para o conceito de “Talento”.

Tal como outras temáticas do foro das capacidades intrínsecas do ser humano não é fácil encontrar uma definição com a qual a comunidade cientifica tenha chegado a um consenso. Todavia, existem três aspetos que são transversais às definições que têm mais aceitação: a junção de Competências (conhecimento e habilidades), Estratégia (uma visão orientada para o futuro) e Motivação (paixão e energia).

Dito desta forma, são caraterísticas que estão presentes em todas as pessoas e não um dom especial que bafeja somente alguns iluminados.

É certo que algumas aptidões naturais, nomeadamente as físicas, como a altura para um jogador de basquetebol, ou timbre de uma voz para um cantor são uma alavanca para o desenvolvimento de capacidades que se tornam distintivas de outras pessoas que não as obtiveram por via inata.

Mas, a maioria das pessoas podem adquirir capacidades que, uma vez treinadas, orientadas para um objetivo de vida e trabalhadas com paixão, podem permitir desempenhos acima da média e particularmente valorizadas.

Por isso, ter um talento não significa, particularmente, ter um dom que estava predestinado a alguns e a outros (maioria) não.

Tal mito poderá, eventualmente, estar a ser alimentado pela crença que quando se aspira a uma determinada atividade tem-se de ser o melhor do mundo. A mediatização da concorrência entre capacidades individuais poderá, talvez, explicar em parte esse preconceito.

Se um jovem gosta de jogar futebol terá de treinar nas escolinhas de um grande clube e vir a ser um “Ronaldo” ou se gosta de cozinhar terá de ser um MasterChef, ou se gosta de cantar irá ganhar o “The Voice”.

Para que uma pessoa possa sobressair, através de uma aptidão excecional em determinada profissão (do desporto, das artes, na medicina, na advogacia, na gestão ou em qualquer profissão técnica) é necessário acima de tudo obter conhecimento, desenvolver esse conhecimento com treino numa atividade que lhe dê prazer e que por isso o mantenha motivado.

Parece óbvio que essa motivação também é alimentada pelo apoio que recebe dos que reconhecem essa capacidade e que a reforçam dando oportunidades de expansão e crescimento do “construtor” do talento.

Neste contexto, todas as organizações têm, nas pessoas que as integram; construtores de talento e não somente: possuidores de talento.

Visto ainda por este prisma, cada pessoa poderá desenvolver vários talentos e com sucesso em vez de uma só capacidade que se julgava inata ou eventualmente por descobrir e que uma vez aplicada, ou aplicadas, não significando isso que tenha de ser reconhecido como o melhor do mundo. Basta que sinta prazer com aquilo que faz e que esse prazer seja partilhado e apoiado.

Também não significa que o sucesso de cada um no desenvolvimento das suas capacidades dependa dos outros, mas convirá ser um trabalho conjunto.

O exemplo para o significado desta reflexão vem através de um evento organizado em âmbito académico por uma turma do ISG – Instituto Superior de Gestão, finalista na licenciatura em Gestão de Recurso Humanos, denominado 1St Meeting, a ter lugar no dia 12 de março de 2019.

Na sequência de um trabalho meramente experimental em que cada aluno escreveu numa folha uma atividade que considerasse que fazia muito bem (havendo declarações que foram desde o cozinhar, cantar, construir sites, comunicar com pessoas, etc.) surgiu a ideia de, aproveitando o “talento” mais apurado em cada um, organizar um evento relacionado com a Gestão de Recursos Humanos sobre o tema: “Despertar e Gerir de Talentos”.

Usando cada uma das suas capacidades mais apuradas, a turma (com o apoio do ISG), está a organizar o evento que contará com oito talentosos palestrantes da área de recursos humanos que, durante um dia, debaterão em 4 painéis os temas mais atuais na gestão de pessoas.

Afinal, eram somente as inseguranças de cada um que “reprimiam” as suas potencialidades.

Artigo publicado em infoRH a 11/02/2019

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