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Soft skills: o que são e para que servem?

Soft skills: o que são e para que servem?

As novas realidades macroeconómicas do mundo globalizado estão a transformar o mercado de trabalho, tornando-o cada vez mais incerto e competitivo. Deste modo, para corresponder aos desafios do mercado, de forma positiva, as organizações necessitam de profissionais que sejam capazes de se envolver nos objetivos da organização e incrementem mudanças que permitam alcançar vantagem competitiva.

Face a esta situação, verifica-se que o conhecimento técnico já não é suficiente para garantir um lugar de relevo no mercado de trabalho e as organizações começam a procurar profissionais que apresentem atitudes, comportamentos e competências transversais que os distingam uns dos outros, as denominadas soft skills.

Este tipo de competências permite aos indivíduos adotar os papéis necessários para gerir conflitos, coordenar o seu trabalho e realizá-lo de forma mais cooperativa e integrada com os pares, superiores hierárquicos e clientes. Neste contexto, as organizações começam a valorizar, cada vez mais, a comunicação, a cortesia, a flexibilidade, a integridade, as relações interpessoais, a atitude positiva, o profissionalismo, a responsabilidade, o trabalho de equipa e a ética profissional.

Sendo as soft skills características, atitudes e comportamentos que simplificam as interações em contexto laboral, são amplamente aplicáveis, e como tal não se limitam a uma profissão. Assim, devem começar a ser promovidas o mais cedo possível, porque o seu desenvolvimento implica um processo a longo prazo, que é largamente influenciado pelas experiências, a educação e o ambiente em que cada pessoa se insere.

Estas competências transversais são tão importantes como as capacidades cognitivas, pois fazem a diferença entre ser ou não selecionado entre inúmeros candidatos e a falta delas pode arruinar uma carreira promissora, mesmo para quem possui elevados conhecimentos técnicos e experiência profissional. As soft skills estão entre as competências que mais influenciam os níveis de desempenho em cargos de gestão e ocupam a primeira posição entre as habilidades mais valorizadas pelas organizações, porque é através dos profissionais que as possuem que a vantagem competitiva é alcançada. Deste modo, chegam a ser mais eficientes enquanto preditores de desempenho do que os conhecimentos técnicos e a formação académica.

A importância das soft skills aumenta à medida que o indivíduo começa a ocupar níveis mais elevados na hierarquia organizacional e constituem-se como ferramentas essenciais que ajudam as pessoas a atingir o seu pleno potencial. E apesar de serem as competências técnicas que permitem encontrar trabalho, são as soft skills que possibilitam a sua manutenção, motivo pelo qual deveriam ser formalmente incluídas nos programas curriculares do ensino superior.

Professora Doutora Rosa Rodrigues, Docente do Instituto Superior de Gestão, para a InfoRH

Palavra do dia: Otimismo

Palavra do dia: Otimismo

Nem tudo o que luz é ouro: a importância do otimismo paradoxal.

Otimismo encontra-se fortemente associado a uma visão positiva da vida, mesmo em situações adversas, porque os eventos negativos são encarados como algo passageiro que pode ser ultrapassado.

As pessoas otimistas, geralmente, encontram-se mais satisfeitas, são perseverantes perante obstáculos e contrariedades e encaram as dificuldades como desafios e oportunidades de crescimento, pois aceitam os erros do passado, valorizam o presente e procuram oportunidades para avançar positivamente no futuro.

O facto de a positividade ter um papel determinante na nossa vida, não significa que os fenómenos negativos sejam necessariamente disfuncionais, porque o excesso de emoções positivas pode gerar irrealismo e incapacidade para prevenir problemas. Um otimismo irrealista despoleta condutas inapropriadas e coloca as pessoas em risco, devido às crenças exageradamente positivas e sem qualquer controlo quando são colocadas em prática.

Neste contexto, o ideal seria um otimismo realista, que contemple simultaneamente alguma dose de pessimismo, o denominado otimismo paradoxal. Os indivíduos que percecionam as situações de uma forma pessimista têm tendência a preparar-se com antecedência para as adversidades, procuram soluções que os ajudem a resolver os problemas e usam o negativismo como uma estratégia de comportamento pró-ativo. Ao renunciarem a passividade começam a agir quando se apercebem que estão numa situação difícil e elaboram planos para se defenderem e ultrapassarem obstáculos, o que esclarece e clarifica o poder positivo do pessimismo.

Os otimistas paradoxais são criativos e combinam a lucidez e a disciplina, com a responsabilidade e a irresponsabilidade, pois são simultaneamente introvertidos e extrovertidos, simples e orgulhosos, rebeldes e conservadores. São, ainda, reconhecidos pela sua propensão para analisar eventos futuros de forma assertiva, expressando de forma equilibrada as expectativas positivas e negativas, sem desvalorizar os riscos e baixar os níveis de esforço.

O pensamento positivo é muito exaltado hoje em dia, pois é inegável que o otimismo tempera e dá cor à nossa vida. Todavia, é fundamental utilizá-lo com conta, peso e medida, porque agir apenas com otimismo pode tornar-nos imprudentes e conduzir-nos ao fracasso.”

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A necessidade aguça o engenho… (a covid-19 e a educação)

A necessidade aguça o engenho… (a covid-19 e a educação)

Hoje, dia 3 de abril, recomendamos a leitura do novo Artigo do Diretor do ISG, Professor Doutor Miguel Varela, no Jornal de Negócios.

Boas leituras!

A Necessidade Aguça o Engenho… (a COVID-19 e a Educação)

Os professores do ensino superior representam hoje uma classe envelhecida e avessa a tecnologias, em que a substituição dos retroprojetores de acetatos pelo PowerPoint levou anos a concretizar, assim como as máquinas de escrever pelos computadores.

A saúde e a educação são as áreas sociais mais sensíveis no que toca à governação, não só em Portugal, mas em todo o mundo.

Portugal tem uma educação muito tradicional, conservadora e resistente à mudança no que concerne, em especial, a modelos pedagógicos. Portugal tem uma política de saúde igualmente conservadora, no que se refere a financiamento, acesso e sistema, refém de poderosos grupos de interesse e de pressão.

Nunca a saúde teve tanta influência na educação, ainda que indiretamente, por via da pandemia que assola o mundo.

No que toca ao ensino superior, público ou privado, o ensino à distância sempre foi alvo de polémica e discussão, em especial no que se refere a cursos conducentes a grau académico. Em Portugal, resume-se praticamente, por força da legislação, aos cursos da Universidade Aberta. Muitas outras universidades já tinham na sua oferta formativa cursos online, nos modelos de e-learning e de b-learning, mas sobretudo em pós-graduações ou formação de executivos, com destinatários muito específicos.

Os professores do ensino superior representam hoje uma classe envelhecida e avessa a tecnologias, em que a substituição dos retroprojetores de acetatos pelo PowerPoint levou anos a concretizar, assim como as máquinas de escrever pelos computadores. Mesmo os docentes mais novos, mais apensos à utilização de tecnologias, foram formatados num modelo de ensino, o qual têm tendência a replicar nas suas aulas para as novas gerações e, por isso, resistem a sair da sua “zona de conforto”.

Nem os alunos estavam preparados para um modelo tão disruptivo, mesmo os das novas gerações, que perdem a “humanização” e a “socialização” tão importantes para desenvolver competências pessoais. Sim, a universidade também é socialização e crescimento….”

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ISG na INfoRh – Dos novos desafios da Gestão de Recursos Humanos, à Revolução na gestão do local onde se pode executar o trabalho

ISG na INfoRh – Dos novos desafios da Gestão de Recursos Humanos, à Revolução na gestão do local onde se pode executar o trabalho

“Hoje na Revista inforh, recomendamos a Leitura do Artigo do Professor Doutor Casimiro Ramos, Coordenador Científico do Mestrado em Gestão do Potencial Humano do ISG – Instituto Superior de Gestão

ARTIGO EXCLUSIVO: Dos novos desafios da Gestão de Recursos Humanos, à Revolução na gestão do local onde se pode executar o trabalho

Ao longo dos últimos anos, tem sido abordado de várias formas, a visão que se tem para o futuro relacionamento no trabalho. Das novas profissões, das funções que deixarão de existir e dos grandes desafios da gestão de Recursos Humanos, como a gestão da flexibilidade sem esquecer a preocupação social, do alargamento ou restrição dos períodos de trabalho, da procura do equilíbrio entre trabalho e lazer, do aumento das qualificações vs aumento das expectativas, ou ainda a possibilidade de trabalhar a partir de casa ou de outro local qualquer.
Este último desafio, visto com algum soslaio por parte dos gestores e empresários, nunca foi na verdade uma grande aposta como oferta de trabalho, quando vários estudos apontam para que essa seja uma forma com sucesso de obter maiores níveis de produtividade e conciliação da vida profissional com a familiar.
Talvez por uma questão cultural da nossa sociedade e também da cultura vivida nas organizações, os gestores poderão olhar para esta modalidade de relação laboral com uma atitude negativa quanto ao comportamento dos colaboradores, não acreditando que cumpram devidamente as suas funções, não estando fisicamente na empresa, ou talvez até por receio que isso signifique perder poder junto dos colaboradores.
Incrivelmente, este desafio, que parecia ser uma transformação ou evolução do funcionamento do trabalho somente para um futuro ainda distante, por razões bastante infelizes e até catastróficas, devido à pandemia do Codiv 19, acaba por ser implementado a uma vasta escala e a transformar-se numa modalidade impostamente aplicada a uma grande parte dos trabalhadores portugueses e dos países afetados pela pandemia.
Esta inesperada e também indesejada mudança, dadas as circunstância, acaba por vir demostrar que existe uma percentagem significativa de pessoas cujas profissões e funções podem, na sua grande parte, serem realizadas a partir de casa.

Perante esta evidência, e uma vez mais pela força indesejável da mudança, o mais provável é não ser temporária, traçando assim um caminho que já não terá retorno à situação em que se estava antes.
Isto é, dependendo do tipo de funções e do ramo de atividade das empresas, a probabilidade de a partir de agora, muitas pessoas passarem a trabalhar mais tempo fora das instalações da empresa é significativamente maior.
Assim, se por um lado, as pessoas poderão começar a mentalizar-se que o seu posto de trabalho pode ser fora da empresa e que isso implicar alterações nas suas rotinas e modus vivendi a uma nova realidade, por outro lado, e também como por imposição, os gestores e empresários terão, rapidamente de redesenhar funções e adotar formas diferentes de gerir e liderar trabalhadores à distância. Ou seja, uma autêntica revolução na gestão de pessoas, o que implica uma profunda mudança na atitude dos líderes face à relação que deverão manter com os colaboradores.
Os sistemas de planeamento do trabalho, de organização, coordenação e controlo terão de ser completamente alterados face à nossa realidade e acima de tudo o modelo de relacionamento terá de se basear num novo paradigma. Se motivar as pessoas num contexto social é sempre a competência mais difícil de aplicar, numa situação de isolamento que, em muitos casos, pode ser ainda mais potenciadora de situações de stress e depressão, os modelos de liderança à distância são mais que um desafio, serão um objectivo.
Os gestores de pessoas terão de entender que ter colaboradores a trabalhar fora das instalações não significa que eles estejam de férias e muito menos que estejam disponíveis para além do razoável, ou seja que têm direito ao seu momento em família e de lazer, tal como quando estão nas instalações da organização. Caso contrário, em vez de um passo evolutivo que permite uma maior flexibilidade e compromisso por parte dos colaboradores, estarão a dar uma passada para o abismo nas relações laborais.
Isso significa, implicitamente que também as metodologias e técnicas ensinadas nas Universidades, nas licenciaturas, mestrados e pós graduações em Gestão de Pessoas sejam rapidamente adequadas à nova realidade. Embora de alguma forma esta visão já fosse aplicada, por exemplo no Mestrado em Gestão do Potencial Humano no ISG, os conteúdos das várias UC´s irão ser aptados e potenciadas as técnicas de liderança e motivação à realidade das relações laborais num futuro próximo, que já é presente: Trabalhar à distância, sem se perder a proximidade social.

Fonte: https://inforh.pt/artigo-exclusivo-dos-novos-desafios-da-g…/

Gestão e administração em rede -Sempre em ON

Gestão e administração em rede -Sempre em ON

A recente situação de pandemia do COVID-19 e a necessidade de respostas rápidas em termos de comunicação e operacionalização de sistemas, comprovou a robustez de diversas estruturas de gestão e administração.
Centenas de plataformas digitais de acesso a dados, milhares de aplicações e milhões de computadores e portáteis estão interligados através da rede digital, por entre milhares de km de cabos que cruzam bastidores vestidos de fios e luzes que piscam em cada byte que circula.

Na última semana, com milhões de pessoas a trabalharem a partir de casa, em ligação remota e com as instituições e empresas a comunicarem mais intensamente pelas plataformas digitais, a União Europeia teve de pedir à Netflix para transmitir em baixa definição. Estava em causa a intensidade do fluxo e o risco do crash…

A rede digital é uma ferramenta imprescindível para a dimensão funcional e orgânica dos sistemas de comunicação. Ainda que o ouro possa ter sido um investimento intemporal, os sistemas digitais e a sua propriedade, ao assumir a dimensão da base de funcionamento do mundo, tornou-se estratégico e precioso.

Nesse sentido e em caso de ocorrência de um desastre natural, pela imprevisível geodinâmica terrestre, a eventual inoperacionalidade da rede por cabo colocará em causa a maioria das estruturas digitais. Num cenário desta tipologia, a rede 5G será uma alternativa fiável para a gestão de operações e socorro?

A esmagadora maioria dos portugueses pertence à geração Y (millennials), pela utilização diária de inúmeras ferramentas digitais. Neste momento, através de um computador ou de um smartphone, resolve-se um crescente conjunto de operações com empresas e com o Estado. Para esta realidade muito contribuiu o programa Simplex, lançado em 2006, pelo desenvolvimento de medidas inovadoras na componente digital da administração pública, que conquistaram o país e os cidadãos, num contínuo aperfeiçoamento tecnológico e legislativo.

Se a simplificação de processos e a desburocratização de procedimentos nos permitiu ter mais tempo para outras coisas, hoje, limitados na nossa mobilidade, devemos refletir no que devemos fazer diferente. Pessoalmente considero que o nosso futuro coletivo está dependente de uma melhoria da gestão e da administração em rede. O Estado deve continuar a promover e a assegurar o papel de regulador e de estratega, sem condicionar a iniciativa empresarial e respeitando a liberdade individual, preconizando políticas públicas inovadoras, sustentáveis, de fomento da coesão social e territorial. Tendo como objetivo a satisfação das necessidades essenciais e a garantia do funcionamento do país (até nos cenários mais adversos), a estratégia deve passar pelo substancial incremento de parcerias entre o setor público e privado num plano de rede, sob monitorização permanente.

A segurança das pessoas e das organizações, a solidez da economia, a prosperidade e a inovação não podem estar condicionadas a ideologias, crenças ou a agendas corporativistas. Nos últimos dias comprovou-se a real importância de cada área e do que é fundamental para o futuro coletivo. Na área do ensino, por exemplo, são os professores e as plataformas digitais que estão a permitir continuar a assegurar a partilha de conhecimento, o desenvolvimento do raciocínio e da compreensão, para a conclusão de cada ciclo de estudo.

Pensem na Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, para as suas diretrizes e protagonistas e vejam se o que esta instituição pública tem exigido às estruturas de ensino superior (a suprema relevância da investigação e publicação de artigos científicos), agora, nos serve de alguma coisa? Hoje, com os professores e os alunos em casa, qual é a mais valia de os docentes do ensino superior terem artigos científicos publicados em revistas SCOPUS?!? Espero que o desenho do novo estilo de vida consagre a reestruturação de instituições como esta, para o que é efetivamente importante e determinante.

Nos últimos dias há quem tenha voltado a valorizar a vida, a reforçar a dispensabilidade de doutrinas ignóbeis e até o supérfluo, que há duas semanas era indispensável. Somente num trabalho em rede, repito, conseguiremos recuperar os danos sociais e económicos que estão a ocorrer, num novo ciclo que congregue todos e cada um de nós.

Professor Doutor João Caldeira Heitor, secretário-geral do ISG para o Link to Leaders

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