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Um novo ciclo para todos nós!

Um novo ciclo para todos nós!

O desenvolvimento da vida na terra, assente na teoria da evolução social, concretizou-se através da diversificação das estruturas e do próprio ser humano. Esta (hipotética) evolução estancou, abruptamente, pela pandemia que vivemos e pelo confinamento social a que estamos sujeitos.

Encontramo-nos em processo de adaptação, interior e exterior. Interior, pelas novas rotinas, com os nossos órgãos, processos fisiológicos e mentais a reajustarem-se às limitações e à pressão psicológica. Exterior, relativamente ao meio ambiente em que passamos a viver (em casa), limitados na nossa mobilidade, privados da componente laboral que envolve os relacionamentos interpessoais e a combinação das funções individuais e coletivas.

A teoria da evolução social não previa o atual cenário que o mundo atravessa. Ao longo das últimas décadas alinhámo-nos às tecnologias e subjugámo-nos às modas, fomos seduzidos pela fama e pelo dinheiro, mas não fomos preparados, nem educados, para nos adaptarmos à ausência e à limitação.

O conceito de que só damos valor a “algo” depois de se perder esse “algo”, pode encaixar-se no ambiente que presentemente enfrentamos: a liberdade de movimentos, o afeto, a cultura (enquanto povo)…

A continuidade da vida social está a ser assegurada pelos órgãos do Estado, pela operacionalidade dos sistemas de saúde e segurança, pela reformulação das respostas das organizações, das escolas, das universidades e dos serviços públicos e privados. Sabemos que as leis, as normas e as regras continuam em vigor. São elas, inclusivamente, que nos asseguram alguma normalidade (dentro do imprevisível e anormal cenário).

Há uma significativa franja da sociedade portuguesa que já percebeu que o futuro individual e coletivo, dependerá da mudança de comportamentos. Afinal sobrevivemos sem jogos de futebol, sem concertos, sem a última versão do carro “x” da marca “y”, sem as últimas tendências da moda, sem as socialites e outras futilidades que, outrora, eram uma prioridade.

Hoje percebemos (ainda mais) a importância da família, da prática de hábitos alimentares saudáveis, do valor da saúde e dos sistemas de saúde, da prevenção e promoção de estilos de vida que conjuguem o trabalho, o lazer, a partilha e a entreajuda.

Quando isto acalmar e a sociedade começar a retomar a sua rotina, devemos indemnizar o ser humano pela remoção, neutralização e violação dos nossos próprios direitos. Sendo a sociedade composta por cada um de nós, devemos obrigar-nos, por uma questão de sobrevivência coletiva, a concretizar uma efetiva alteração de hábitos, compensando e restituindo o equilíbrio perdido nas relações pessoais e no respeito pela natureza.

Está na altura de aplicarmos na nossa vida, nas organizações onde trabalhamos, nas instituições a que pertencemos, o direito primitivo. Impõe-se reformular os rituais de vida e de ação. Não precisamos de sanções sociais ou legais. Necessitamos de ser mais autocríticos, mais responsáveis, mais exigentes pelo todo que integramos, mais humanos, mais conscientes e garantir que o futuro seja uma realidade (e não a palavra que agora nos surge distorcida).

Professor Doutor João Caldeira Heitor, Professor e Secretário-Geral do ISG, para o Link to Leaders.

Reflexão: Amanhã será um dia melhor!

Reflexão: Amanhã será um dia melhor!

A esperança reflete a convicção de que um objetivo é alcançável e contribui significativamente para acreditarmos que os conseguimos atingir. Deste modo, envolve a capacidade para iniciar e manter as ações necessárias para atingir os propósitos desejados e a motivação para criar trajetos que os permitam alcançar.

Podemos pensar em diferentes formas para atingir um objetivo, mas se não estivermos motivados para seguir essas alternativas, provavelmente não seremos bem-sucedidos, porque os pensamentos motivadores e a definição de caminhos não podem ser usados isoladamente. Neste sentido, é importante estabelecer metas realistas, mas desafiadoras e identificar várias alternativas para as alcançar face a obstáculos que possam surgir. As pessoas dotadas de elevados níveis de esperança têm configurações emocionais positivas e melhores resultados em vários domínios da vida.

Para que a esperança seja desenvolvida, os objetivos e os caminhos que a compõem necessitam de ser enriquecidos, pelo que é fundamental estabelecer metas claras, específicas e realistas através das quais as pessoas possam dirigir as suas ações.

Uma forma de conseguir aumentar a esperança é transformar os objetivos a longo prazo, complexos e difíceis, em sub-objetivos para que se possam experimentar progressos graduais e pequenas vitórias, pois tudo começa com pequenos gestos que vão crescendo e que na altura certa traçam o nosso caminho.

A lenda do menino e a estrela do mar mostra-nos, de uma forma simples, o valor das pequenas ações.
“Era uma vez um escritor que vivia perto de uma praia e, todos os dias, caminhava à beira-mar para se inspirar. Certo dia encontrou um menino que apanhava estrelas-do-mar da areia e as devolvia ao oceano. Intrigado, perguntou-lhe:
– O que fazes tu, rapaz?
– Estou a devolver as estrelas ao mar, porque se elas ficarem aqui, vão acabar por morrer.O escritor achou a atitude do rapaz absurda e inútil e alertou-o para o facto de existirem milhões de estrelas-do-mar espalhadas pelas praias de todo o mundo e que ele nunca iria conseguir salvar todas. O rapaz concordou, apontou para a estrela que tinha na mão, e respondeu:
– Sim, eu sei, mas para esta eu fiz a diferença!

Sensibilizado com a atitude do rapaz, o escritor uniu-se a ele e juntos devolveram ao oceano, o maior número de estrelas-do-mar que conseguiram”.

Sejamos mais um dos que querem fazer a diferença e a partir de pequenas ações vamos transformar o mundo num lugar melhor. Ter esperança não é apenas ter anseios ou desejar, é também desenvolver ações com orientação e sentido, que nos permitam seguir em frente.

Professora Doutora Rosa Rodrigues, Docente do Instituto Superior de Gestão para a Info RH

Dedo na ferida nos “Suecos do Sul”

Dedo na ferida nos “Suecos do Sul”

O número “oficial” de infetados só teria uma relação direta com o desempenho do sistema de saúde se fosse “testada” toda a população, e a métrica fosse um valor relativo em percentagem da população, porque o número absoluto pouco ou nada transmite.

Já não é novidade a solidariedade entre os países do Sul da Europa, que a covid-19 fortaleceu, especialmente entre Portugal e Espanha. Cenário diferente, mas também que não é novidade, se avaliarmos a solidariedade entre o Sul da Europa e o Norte da Europa. Procurando elogiar o combate à pandemia pelas autoridades portuguesas, o jornal El País referiu-se a Portugal como os “Suecos do Sul”. Apesar da boa intenção, é quase como comparar e encontrar semelhanças entre as ideologias do André Ventura e as ideologias da Catarina Martins.

A Suécia adotou uma política de combate à pandemia tendo por base não o recolhimento em casa, mas exatamente o contrário, defendendo a “imunidade de grupo”, optando por não paralisar a atividade económica e social corrente. Políticas de saúde diametralmente opostas, em países em que a única semelhança será ter aproximadamente uma população idêntica à portuguesa, cerca de 10 milhões de habitantes, e com registos epidemiológicos não muito diferentes no que concerne à covid-19: a Suécia com cerca 12 mil infetados e 1.200 mortes; Portugal tem cerca de 18 mil infetados e 600 mortes.

Países como a Áustria ou a Hungria, também com população relativamente idêntica, em número, à portuguesa, mas geograficamente também perto dos grandes focos de contágio na Europa, nomeadamente Itália e Espanha, têm registado igualmente um número de infetados e de mortos que permite concluir, com o mesmo método, que há um desempenho sanitário também muito eficiente.

No entanto, os números de infetados e de mortos não têm uma relação direta com o desempenho do sistema de saúde, sem equacionar tantas outras variáveis. Por esta leitura, existem países pobres, com população de vários milhões de habitantes, como se observa em África, com meia dúzia de infetados e praticamente sem mortes associadas à covid-19. Será que têm um sistema de saúde excelente?

O número “oficial” de infetados só teria uma relação direta com o desempenho do sistema de saúde se fosse “testada” toda a população, e a métrica fosse um valor relativo em percentagem da população, porque o número absoluto pouco ou nada transmite.

Os suecos nada têm em comum com os portugueses, nem sequer em políticas de saúde. Esta é uma altura crítica em que devemos estar unidos, mas se formos rigorosos, muitas críticas podiam ser feitas à Direção-Geral da Saúde em Portugal, desde afirmações em que a probabilidade de o vírus chegar a Portugal seria muito baixa, que não se transmite facilmente de pessoa para pessoa, as dificuldades com as linhas da Saúde 24, a utilização generalizada ou não das máscaras, até à decisão do Conselho Nacional de Saúde ter concluído, em plena pandemia, não haver necessidade de encerrar as escola, na véspera de o Governo ter decidido pelo seu encerramento, entre ouros episódios e comportamentos menos felizes.

A única semelhança com a política de saúde sueca, que se não fosse triste, seria risível, foi o exemplo dado por alguns gabirus e energúmenos, antes de as autoridades imporem limitações à circulação, a invadir as praias, talvez, em busca da “imunidade de grupo”.

De facto, por muito que procure, não há semelhanças entre suecos e portugueses. Os suecos são reconhecidos pela indústria do plástico, tiveram os Abba e a Volvo. Nós temos a cortiça, tivemos As Doce e a indústria dos moldes. Eles (e elas) são louros, altos e de olhos azuis. Nós somos morenos, baixos e de olhos castanhos. Não é melhor nem é pior, mas, seguramente, diferente. Eles tiveram o Olof Palme a querer acabar com os pobres e nós tivemos o Otelo Saraiva de Carvalho a querer acabar com os ricos, a acreditar numa conversa entre ambos a seguir ao 25 de Abril.

De facto, nem sequer a social-democracia sueca é parecida com o socialismo português…

Professor Doutor Miguel Varela, Diretor do Instituto Superior de Gestão para o Jornal de Negócios

REUNIÃO DE DOCENTES ISG

REUNIÃO DE DOCENTES ISG

Decorreu hoje, no período da manhã, mais uma Reunião de Professores do ISG.
Foram aferidos os modelos de ensino, estabelecidas as regras e procedimentos para o retorno das aulas que ocorrerão a 20 de abril, assim como os métodos de avaliação.
Os Professores do Instituto Superior de Gestão reafirmam o seu empenho e disponibilidade contínua para concretização dos programas e para o acompanhamento com todos os seus alunos e alunas.

Acesso ao ensino superior para alunos do ensino profissional – Direto

Acesso ao ensino superior para alunos do ensino profissional – Direto

Foi publicado no dia 2 de abril, o Decreto-Lei que cria os concursos especiais de ingresso no ensino superior para os estudantes que tenham concluído o ensino secundário através das vias profissionalizantes e de cursos artísticos especializados.

O presente Decreto-Lei tem por objetivo a criação de uma nova via de ingresso para os estudantes que concluam o ensino secundário através de ofertas educativas e formativas profissionalizantes e de cursos artísticos especializados, e que queiram frequentar o ensino superior.

Uma medida que visa reduzir as desigualdades que ainda se fazem sentir relativamente a estes estudantes, no momento de ingressam no ensino superior.

O Decreto-Lei prevê que os estudantes façam exames nas próprias instituições de ensino superior às quais se candidatam, tendo em vista avaliar se dispõem dos conhecimentos e competências consideradas indispensáveis ao ingresso e progressão no ciclo de estudos aos quais apresentem candidatura.

De acordo com o mesmo, o Grupo ENSINUS, disponibilizará brevemente o regulamento com todas as informações necessárias: provas de admissão, vagas e calendários de candidatura para submissão e aprovação.

Para mais informações pode consultar o Decreto – Lei nº11/2020 de 2 de abril

QUESTÕES FREQUENTES:

O que propõe o decreto-lei agora aprovado?
Este decreto-lei cria concursos especiais de ingresso no ensino superior para os estudantes que tenham concluído o nível secundário de educação através das vias profissionalizantes e de cursos artísticos especializados.

Por que razão é criada esta nova via de acesso ao Ensino Superior?
Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo, devem ter acesso ao ensino superior os indivíduos habilitados com o curso do ensino secundário, ou equivalente, que façam prova de capacidade para a sua frequência. No entanto, o princípio da equidade e igualdade de oportunidades de acesso e ingresso no ensino superior não tem sido devidamente acautelado: o sistema de seleção e seriação de candidatos atualmente em vigor, em que os exames nacionais respondem essencialmente às características curriculares dos cursos secundários científico-humanísticos, coloca em desvantagem os alunos de outras formações de nível secundário.

Ou seja: os alunos das vias profissionalizantes e de cursos artísticos especializados têm sido obrigados a realizar provas de acesso sobre matérias que não fazem parte do seu percurso escolar, o que se traduz na criação de uma barreira à sua prossecução de estudos no ensino superior. Este novo regime vem, assim, valorizar as especificidades curriculares destas vias de qualificação secundária, criando um regime próprio e diferenciado de acesso. Estabelece, ainda, critérios de seleção e seriação destes candidatos no ingresso ao ensino superior.

Uma das prioridades do país é a de elevar o nível de qualificação e competências da população portuguesa. Com esta medida, pretende-se alargar a base social de acesso ao Ensino Superior aos alunos que não são provenientes de cursos secundários científico-humanísticos. Atualmente, 45% dos estudantes do ensino secundário frequentam as vias profissionalizantes, mas a sua participação no ensino superior tem-se mantido a um nível muito baixo.

Qual a vantagem deste novo regime?
Este novo regime vem reequilibrar a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior: o atual regime de ingresso e seleção encontra-se centrado exclusivamente no perfil de formação dos alunos que seguem os estudos secundários científico-humanísticos, em detrimento dos das vias profissionalizantes e de cursos artísticos especializados.

Os diferentes percursos formativos levam à aquisição de competências individuais e formativas distintas, pelo que, os concursos especiais de ingresso que são agora propostos recentram o processo avaliativo para ingresso no ensino superior nas competências adquiridas neste percurso curricular. Estes alunos estarão igualmente sujeitos a um processo competitivo de seleção e seriação com base no mérito, embora distinto dos alunos que ingressam pelo concurso nacional de acesso.

Quem pode candidatar-se?
Os estudantes oriundos de vias profissionalizantes de nível secundário, considerando-se para esse efeito os titulares de:

  • Cursos profissionais;
  • Cursos de aprendizagem;
  • Cursos educação e formação para jovens;
  • Cursos de âmbito setorial da rede de escolas do Turismo de Portugal;
  • Cursos artísticos especializados de dupla certificação do ensino secundário;
  • Cursos artísticos especializados da área da música;
  • Cursos de formação profissional no âmbito do Programa Formativo de Inserção de Jovens da Região Autónoma dos Açores.

Tendo em vista promover o regresso de estudantes portugueses fixados no estrangeiro, podem também candidatar-se os estudantes que tenham concluído trajetórias profissionais de nível secundário no estrangeiro desde que sejam equivalentes ao ensino secundário português.

A que tipo de seleção estão os alunos dos concursos especiais de ingresso sujeitos?
No âmbito dos concursos especiais de ingresso, a avaliação e seriação dos candidatos faz-se com base em critérios cumulativos:
a classificação final do curso obtida pelo estudante;
a classificação das provas finais dos respetivos cursos;
E a classificação das provas de avaliação de conhecimentos e competências exigidas pela Instituição de Ensino Superior a que se candidatam, que podem ser organizadas a nível local, regional ou nacional.

Os alunos das vias profissionalizantes e do ensino artístico especializado podem aceder, por via destes concursos especiais, a todo e qualquer ciclo de estudos ou área de formação superior?
Não.
Será cada Instituição de Ensino Superior a determinar os ciclos de estudos e áreas para os quais deseja abrir vagas ao abrigo do presente concurso especial de ingresso. Quando os alunos das vias profissionalizantes do nível secundário pretendam ingressar noutros ciclos ou áreas de estudos que não aqueles, poderão realizar os exames finais nacionais do Concurso Nacional de Acesso, tal como fazem os estudantes com formação secundária científico-humanística.

Os alunos provenientes dos percursos de ensino sec. científico-humanístico, e os oriundos de vias profissionalizantes e cursos artísticos especializados serão avaliados de forma distinta também durante o seu percurso curricular no ensino superior?
Todos os alunos estarão sujeitos à mesma forma e condições de avaliação durante o seu percurso no ensino superior.

Os estudantes que pretendiam prosseguir estudos para o ensino superior devem deixar de se inscrever nos exames nacionais?
Não.
Esta via de ingresso não estará disponível para acesso e ingresso em todos os ciclos de estudos. Sendo nesta altura desconhecidos os ciclos de estudo em que se abrirão vagas para o efeito, aconselha-se a que os estudantes interessados em ingressar no ensino superior não desistam da realização dos exames nacionais pois este concurso especial poderá não estar disponível para ingresso no curso pretendido. Nesse caso, o estudante terá que ingressar por via do Concurso Nacional de Acesso, que exige a realização de exames nacionais.

Onde é feita a candidatura?
A realização da candidatura a estabelecimentos de ensino superior privado é apresentada diretamente junto do estabelecimento em causa.

Como decorrerão as provas?
Os estudantes farão exames nas próprias instituições de ensino superior tendo em vista avaliar se dispõem dos conhecimentos e competências consideradas indispensáveis ao ingresso e progressão no ciclo de estudos a que se candidata. Esses exames podem ser organizados pelas instituições a nível local, regional ou nacional.

Aos estudantes que sejam provenientes de cursos de ensino secundário estrangeiro, as instituições podem prever que as provas sejam realizadas através de plataformas tecnológicas ou por teleconferência, desde que haja condições que assegurem a fiabilidade da avaliação desenvolvida.

A partir de que ano letivo será possível aceder ao ensino superior através deste concurso?
O diploma produzirá efeitos para candidatura, matrícula e inscrição no ensino superior do ano letivo de 2020-2021. No entanto, o diploma está atualmente em fase de promulgação e não se encontra vigente. Apenas após a data de publicação em Diário da República, poderão ser definidos os prazos para a concretização das provas e dos concursos.

Soft skills: o que são e para que servem?

Soft skills: o que são e para que servem?

As novas realidades macroeconómicas do mundo globalizado estão a transformar o mercado de trabalho, tornando-o cada vez mais incerto e competitivo. Deste modo, para corresponder aos desafios do mercado, de forma positiva, as organizações necessitam de profissionais que sejam capazes de se envolver nos objetivos da organização e incrementem mudanças que permitam alcançar vantagem competitiva.

Face a esta situação, verifica-se que o conhecimento técnico já não é suficiente para garantir um lugar de relevo no mercado de trabalho e as organizações começam a procurar profissionais que apresentem atitudes, comportamentos e competências transversais que os distingam uns dos outros, as denominadas soft skills.

Este tipo de competências permite aos indivíduos adotar os papéis necessários para gerir conflitos, coordenar o seu trabalho e realizá-lo de forma mais cooperativa e integrada com os pares, superiores hierárquicos e clientes. Neste contexto, as organizações começam a valorizar, cada vez mais, a comunicação, a cortesia, a flexibilidade, a integridade, as relações interpessoais, a atitude positiva, o profissionalismo, a responsabilidade, o trabalho de equipa e a ética profissional.

Sendo as soft skills características, atitudes e comportamentos que simplificam as interações em contexto laboral, são amplamente aplicáveis, e como tal não se limitam a uma profissão. Assim, devem começar a ser promovidas o mais cedo possível, porque o seu desenvolvimento implica um processo a longo prazo, que é largamente influenciado pelas experiências, a educação e o ambiente em que cada pessoa se insere.

Estas competências transversais são tão importantes como as capacidades cognitivas, pois fazem a diferença entre ser ou não selecionado entre inúmeros candidatos e a falta delas pode arruinar uma carreira promissora, mesmo para quem possui elevados conhecimentos técnicos e experiência profissional. As soft skills estão entre as competências que mais influenciam os níveis de desempenho em cargos de gestão e ocupam a primeira posição entre as habilidades mais valorizadas pelas organizações, porque é através dos profissionais que as possuem que a vantagem competitiva é alcançada. Deste modo, chegam a ser mais eficientes enquanto preditores de desempenho do que os conhecimentos técnicos e a formação académica.

A importância das soft skills aumenta à medida que o indivíduo começa a ocupar níveis mais elevados na hierarquia organizacional e constituem-se como ferramentas essenciais que ajudam as pessoas a atingir o seu pleno potencial. E apesar de serem as competências técnicas que permitem encontrar trabalho, são as soft skills que possibilitam a sua manutenção, motivo pelo qual deveriam ser formalmente incluídas nos programas curriculares do ensino superior.

Professora Doutora Rosa Rodrigues, Docente do Instituto Superior de Gestão, para a InfoRH

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