


A importância da liderança ética
Nos últimos anos, a liderança ética tem vindo a despertar o interesse na comunidade científica, porque o impacto que os líderes podem ter na conduta dos seus colaboradores é extremamente importante para o sucesso de qualquer organização.
A liderança ética traduz-se numa conduta apropriada sobre as ações pessoais e as relações interpessoais, que se manifesta através da comunicação bilateral, do acompanhamento dos colaboradores e no apoio durante o processo de tomada de decisão. Quando o líder segue princípios éticos e adequa a sua conduta aos códigos morais, promove a justiça organizacional e influencia o comportamento ético dos seus colaboradores.
Ao manifestar um comportamento ético e íntegro, o líder estimula o mesmo tipo de comportamento nas pessoas que trabalham consigo, aumentando assim os padrões de desempenho e a satisfação no trabalho. Ao percecionarem que estão a ser tratados de forma ética, os colaboradores sentem a obrigação de devolver esse comportamento positivo à organização.
Ao ser ético, o líder contribui para o otimismo dos seus liderados e motiva-os a permanecer na organização, contribuindo para o seu êxito. Porém, é importante salientar que os valores presentes no discurso dos líderes também devem ser visíveis nas suas ações, pois só assim servirão de modelos de conduta ética.
Quando os colaboradores percecionam que os princípios do líder estão alinhados com as suas ações, têm tendência a imitá-lo. Assim, o seu comportamento deve ser pautado por quatro elementos fundamentais:
Prudência para ponderar as decisões, pesar as consequências e velar para que os colaboradores atuem eticamente
Justiça para atribuir aos outros o que lhes é devido, ponderar os direitos e os interesses dos vários stakeholders;
Coragem para assumir riscos calculados, ser perseverante perante obstáculos e resistir perante as dificuldades;
Temperança para distinguir entre o que é necessário e o que é condescendente com os seus defeitos e ações.
É através da liderança ética que o carácter do líder se revela, pois são as suas características (e.g., honestidade, assertividade, altruísmo, preocupação com os outros) que promovem a confiança dos colaboradores e a sua satisfação em contexto laboral.
A adoção de uma conduta baseada em princípios morais é uma exigência incontornável das sociedades contemporâneas e que os líderes não podem ignorar, pois têm consequências na conduta dos seus colaboradores. A capacidade de compreender as diferenças de comportamento e as motivações morais de cada um é essencial para garantir o sucesso organizacional.
Ao proporcionar um ambiente de confiança, integridade e lealdade, o líder estimula os seus colaboradores a agirem da mesma forma, o que se traduz num maior envolvimento com os objetivos da organização.
Professora Doutora Rosa Rodrigues, Docente do Instituto Superior de Gestão para o LINK TO LEADERS.

Reunião Geral de Professores
A Direção, o Secretário-Geral e as Direções de Serviços do ISG encontram-se reunidos com todos os professores do ISG para definir a Estratégia Pedagógica até ao final do ano letivo e a Avaliação de Conhecimentos (avaliação contínua e exame), face à atual situação que atravessamos e de acordo com as diretrizes da Direção Geral de Saúde, do Ministério do Ensino Superior e do Governo.

ISG promove Licenciaturas em Feira Virtual!
A partir de 25 de maio, o Instituto Superior de Gestão marcará presença no Programa PassFuturo – Feira de Oferta Formativa Online.
Organizada pelo Centro de Juventude de Águeda, mas de âmbito nacional, esta feira é dedicada aos alunos do ensino secundário, com o objetivo de lhes prestar toda a informação no que respeita ao Ensino Superior e decorrerá até ao final do Ano de 2020.
Visitem o stand do ISG a partir de 25 de maio!

2º Seminários da “Pós -Graduação em Gestão e Avaliação Imobiliária – ESTADO DA ARTE”
ISG em parceria com a ASAVAL,
Promovem o 2º Seminários da “Pós -Graduação em Gestão e Avaliação Imobiliária – ESTADO DA ARTE”
No formato E-learning dia 14 de Maio a partir das 16h.
Departamento de Formação de Executivos, Dra. Clara Viegas – clara.viegas@isg.pt

Pandemia: E Depois do Adeus?
O nível de incerteza da atual conjuntura impede a eficiência dos modelos econométricos mais completos e complexos e fazer previsões a mais de um mês torna-se meramente um exercício académico.
Durante as últimas semanas, foram várias as organizações e instituições a publicar inúmeros estudos previsionais sobre o impacto da pandemia nas diversas zonas económicas do mundo.
Esses estudos são unânimes na redução do PIB, em todo o mundo, durante 2020.
No que toca à economia portuguesa, as variações anunciadas divergem bastante, entre quebras do PIB, em 2020, de 3% até 20%, entre as mais otimistas e as mais pessimistas. De acordo com as várias previsões, também o desemprego tenderá a aumentar para o dobro e até para o triplo, nos piores cenários.
Claro que estas variações não serão lineares nas cerca de duas centenas de sistemas económicos no mundo, pois as estruturas de cada país têm diferentes capacidades de recuperação e dependências de setores-chave e ramos de atividade distintos.
De facto, a economia está longe de ser uma ciência exata e como ciência social está sujeita ao comportamento de inúmeras variáveis, sendo grande parte delas não matematizáveis. Portanto, no que toca a previsões, a abundância de cenários e, consequentemente de opiniões, é muito vasta.
Os primeiros dados concretos, publicados esta semana pela Eurostat, não falam de previsões ou cenários, mas apresentam dados concretos. Certo é que o PIB da Zona Euro caiu 3,8% no primeiro trimestre face ao último trimestre de 2019 (variação em cadeia), segundo o Eurostat. Trata-se da maior queda considerando as séries de dados trimestrais desde 1995. Se considerarmos apenas a comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (variação homóloga) a queda foi de 3,3%.
Ainda segundo o Eurostat, França registou a maior queda homóloga trimestral do PIB desde há 50 anos, tendo a economia retraído 5,4%.
Também a inflação na Zona Euro abrandou de 0,7% em março para 0,4% em abril (desinflação), em termos homólogos, correspondendo à taxa mais baixa desde 2016, ano em que se registou uma redução de preços (deflação) no primeiro trimestre. Várias economias europeias já registam quebras de preços entre 1,2% e 0,6%, como a Finlândia, Luxemburgo, Letónia, Irlanda, Grécia, Espanha, Eslovénia ou Chipre. Importante será notar que do cabaz de referência, em abril, os produtos alimentares na Zona Euro registam uma subida de preços de 7,7% e, em sentido inverso, os produtos energéticos, uma queda de 9,6% nos preços.
O nível de incerteza da atual conjuntura impede a eficiência dos modelos econométricos mais completos e complexos e fazer previsões a mais de um mês torna-se meramente um exercício académico. Um segundo surto da covid-19 antes do final de 2020, a ocorrer, poderá mudar radicalmente qualquer previsão, para um cenário ainda mais catastrófico. Por outro lado, uma reabertura da economia e uma recuperação dos índices de confiança, controlando a epidemia ou surgindo e estando disponível uma vacina no curto/médio prazo, poderão minorar bastante qualquer efeito da previsível recessão. Também o prazo estimado para a recuperação poderá variar entre um a três anos.
Quanto mais tempo demorar a retoma das atividades económicas, mais certo será não “morrer da doença, mas morrer da cura”.
Quanto mais tempo demorar a retoma das atividades económicas, mais certo será não “morrer da doença, mas morrer da cura”. Certo que a saúde pública e de cada um de nós é absoluta prioridade, mas em que novo sistema social e económico vamos sobreviver e que saúde teremos se tudo colapsar? “Vamos querer saber quem somos e o que fazemos aqui?”
Professor Doutor Miguel Varela, Diretor do Instituto Superior de Gestão para o Jornal de Negócios.