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A Rede de Apoio ao Endividamento

A Rede de Apoio ao Endividamento

Decorre no próximo dia 22 de março, pelas 11 horas, a 2ª Conferência organizada pelo Ciclo de Conferências do GACE, subordinada ao tema “A Rede de Apoio ao Endividamento”.

Nesta sessão teremos como Moderadora a Professora Doutora Elionora Cardoso e Orador o Representante da Direção Geral do Consumidor.

Empreendedorismo no feminino: um exemplo de optimismo na Ilha do Pico!

Empreendedorismo no feminino: um exemplo de optimismo na Ilha do Pico!

Quais as principais características diferenciadoras do empreendedor? Nascemos empreendedores ou tornamo-nos empreendedores?

Na literatura da especialidade quando exploramos sobre as características do empreendedor, as classificações são múltiplas e diversas, sem que haja necessariamente consenso, há seguramente alguns aspectos em comum. Também relativamente à questão das características inatas versus aprendidas do empreendedor as opiniões divergem , sobretudo, no peso a atribuir aos factores internos e aos factores ambientais.

Ao reflectir sobre as características do empreendedor, nomeadamente características relativas à dimensão personalidade, inspirei-me no caso de Eunice (1): “uma mulher de negócios, uma empreendedora, uma mulher de acção que dá lugar a cada oportunidade para concretizar algo… O sentido de oportunidade estava-lhe no sangue, e se hoje é uma das grandes mulheres de negócios do Pico, não, não é acaso do destino,…. Bastava surgir uma ideia que ela estava imediatamente pronta para a colocar em prática e testar a sua viabilidade. Francamente já nem me lembro de onde as ideias vinham, mas o que sei é que rapidamente estávamos a montar uma nova linha de negócio e se não funcionasse, haveríamos de experimentar outra, pois as possibilidades para ela eram infinitas” nas palavras de quem a conhece bem .

Reconhecida empreendedora, e cujas características parecem estar presentes desde as mais tenras brincadeiras da sua infância. As ideias borbulhavam anunciando uma adolescência não conforme aos padrões pré estabelecidos, e portanto, apreciada por uns , muito desconfortável, incomodativa para outros, mas deixando antever também uma idade adulta rica e realizada.

Como características do empreendedor destaco a criatividade, a autoconfiança, a abertura a novas experiências, a tolerância ao risco e o optimismo, para citar apenas algumas das que considero mais importantes. Permitam-me, contudo, falar de forma mais particular no optimismo. Do ponto de vista da Psicologia, o optimismo pode ser definido como uma característica cognitiva e emocional que estimula expectativas de resultado (Peterson, 2000). Com uma componente não apenas cognitiva mas também emocional, o optimismo leva à acção. De acordo com Seligman (1998), o optimismo exerce uma influência positiva sobre a saúde física e psicológica das pessoas. Tem influência na persistência e na realização, sendo, portanto, um forte promotor do sucesso.

As pessoas mais optimistas têm mais facilidade em se auto-motivar e, portanto, não desmotivam face aos obstáculos. Mesmo quando as circunstâncias são pouco favoráveis, os optimistas continuam as suas realizações esforçando-se cada vez mais em vez de desistir.

O optimismo é seguramente uma das características mais marcantes de Eunice e como vimos fundamental para o empreendedorismo. Contextualizando um pouco melhor o cenário da Ilha do Pico, onde a beleza absolutamente fascinante por vezes esconde as dificuldades e a falta de recursos com que têm que lidar os que querem desenvolver e implementar algo. Pesa ainda o facto de ser mulher num território tradicionalmente masculino. Mas o optimismo, com a coragem daí decorrente, não conhecem limites!

Pois se o segredo é o optimismo, uma outra questão se levanta: nascemos optimistas ou aprendemos a ser optimistas? Será que este optimismo é contagiante ou apenas irritante?

* Leonor Almeida, coordenadora do Mestrado em Gestão do Potencial Humano do ISG.

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Nota (1): Um grande agradecimento a Eunice Tavares de Melo empresária na Ilha do Pico e um grande exemplo de empreendedorismo e, claro, de optimismo!

Referências:
Seligman, M.E.P.(1998). Learned optimism. New York: Pocket Books.
Peterson, C.(2000). The future of optimism. AmericanPsychologist, 55, 44-55.

Artigo publicado a 7/03/2018 no Link to Leaders

Bioliderança Porque seguimos quem seguimos?

Bioliderança Porque seguimos quem seguimos?

Decorre no próximo dia 22 de março, no auditório do Instituto Superior de Gestão, a apresentação do novo livro do Professor Paulo Finuras. “Bioliderança Porque seguimos quem seguimos?” é o titulo da mais recente obra do Professor.

O evento acontece às 18h30, no auditório do 3º piso.

Ensino superior – lições da OCDE para a A3ES

Ensino superior – lições da OCDE para a A3ES

O recente relatório da OCDE sobre o ensino superior conclui o que há muito já se sabia. Em Portugal, as universidades portuguesas têm professores envelhecidos, doutorados a menos e docentes em situação laboral precária.

Destaca ainda a instabilidade do financiamento das mesmas, desajustado dos seus objetivos. Dir-se-ia até que em Portugal, infelizmente, a realidade do ensino superior faz lembrar cada vez mais a do ensino secundário.

Uma nota de realce do relatório é a falta de mobilidade de docentes entre universidades. Os professores de carreira acabam por se licenciar, mestrar e doutorar na universidade onde estudam e onde ficam depois a lecionar, não permitindo a inovação e a adoção de culturas diferentes entre as diversas instituições. A experiência docente em várias universidades deverá claramente ser um valor acrescentado a ter em conta, na valorização curricular de um professor, que em Portugal é ignorada pelos avaliadores, na generalidade dos casos “formatados” numa só universidade, o que claro, limita a sua visão além do que conhece.

O relatório defende ainda a atribuição de doutoramentos nos politécnicos e sublinha ainda que os cursos, em geral, têm estruturas rígidas e são orientados para profissões específicas, sem promover ou desenvolver “competências de que os alunos necessitam numa economia moderna”.

Infelizmente em Portugal, por pressão internacional absolutamente questionável, as entidades reguladoras e a tutela continuam a olhar para o ensino superior em função dos interesses dos professores e não em função dos alunos.

A A3ES em dez anos de existência foi incapaz de diferenciar/regular a oferta formativa dos politécnico e das universidades. Apesar de existirem cursos superiores de oferta exclusiva em universidades, a verdade é que também existem cursos iguais nos dois sistemas, sem efetiva distinção para os alunos e para os empregadores.

Depois, mais grave, existe a grande obsessão das publicações, uma vez que a carreira de investigador foi rapidamente confundida com a de professor universitário.

As universidades parecem estar doentiamente obcecadas em publicar para produzir “ciência em paletes” (a maior parte redundante e desinteressante, mas que alimenta este “negócio”, pago na generalidade dos casos), para que possam aparecer em “rankings” e para que os professores possam rapidamente progredir nas suas carreiras e preencher as suas plataformas com mais e mais publicações.

Mas entretanto, o seu foco essencial – transmitir conhecimento, ensinar a questionar, formar bons cidadãos – parece absolutamente irrelevante. A pedagogia, a relação humana, nada relevam.

Para os seguidores desta política, parece que a mera existência de alunos numa universidade é uma grande “maçada”. Imagine-se: ter de se ensinar numa universidade. Onde já se viu? Os alunos parece que só incomodam neste ideal doente e deturpado de “universidade” e transtornam o regime de clausura e de “umbigo” que é produzir investigação para publicar, publicar, publicar.

As avaliações da tutela e da A3ES apontam para contratação e valorização de investigadores pois só as publicações valorizam o currículo, como se a universidade se resumisse a um centro de investigação. A A3ES desvaloriza a existência de professores nas universidades. Parece que o ideal seria a universidade não ter professores nem alunos. Só investigadores.

Já escrevi diversas vezes sobre este assunto e tenho constatado que a generalidade dos investigadores (carreira que sempre existiu paralelamente à de docente universitário) não são professores.

Independentemente de terem de investigar e obter os seus graus académicos, também os professores não devem ser obrigados a ser investigadores. Trata-se de uma carreira dupla? Já não falo das funções inerentes à docência universitária como participar na gestão da escola, mas porque se trata de uma questão de apetência e de competências próprias de ser um bom comunicador e motivador dos estudantes.

A universidade é academia, socialização e crescimento humano e não deve ser feita de pseudo-intelectualidades de investigação em cativeiro.

Diretor do ISG – Business & Economics School

Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico

Finalidades do Direito

Finalidades do Direito

Em artigos anteriores explicamos a relevância, significado, tipologias e fundamentos do direito. Depois desta percepção e maturação de ideias vamos nesta semana conhecer as finalidades prosseguidas pelo direito, dividindo-se as mesmas em três, nomeadamente a justiça, os direitos do homem e a segurança jurídica.

Deste modo, o termo justiça dispõe de vários sentidos, podendo ser inclusivamente algo arbitrário, mas aquele que nos importa para o artigo em concreto diz respeito aos direitos equitativos que cada um de nós deve usufruir, de acordo com aquilo que fizemos ou possuímos. É, se quisermos, como já diziam Santo Agostinho ou São Tomás de Aquino, a vontade permanente e constante de dar a cada um o direito que lhe pertence.

Esta pode derivar da proporcionalidade (distributiva), sendo correcto alguém ter mais que outro se porventura o merecer (por exemplo, um discente que estude e se dedique mais, é justo que tenha notas melhores) ou da igualdade (comutativa), que regula as trocas realizadas (as coisas devem ser identicamente trocadas, sem dolo de nenhuma das partes, independentemente das diferenças entre elas, caso da venda de um automóvel pelo preço considerado legitimo).

Nos primórdios, considerava-se a justiça somente uma simples virtude, com maior preponderância portanto, no campo da moral, vindo com a evolução da sociedade e com a maior essencialidade dada aos direitos humanos, transformar-se num valor ético efectivo. Devido ao tal aperfeiçoamento referido do grupo social, o dito direito natural (aquele que deveria vigorar pela simples existência da dignidade humana, mas que na prática raramente acontecia) passou quase na íntegra a ser imperativo e por isso, aplicado.

Assim, o homem, que antes era visto em muitas das suas variantes como uma coisa (lembremo-nos da escravatura) e logo, um membro da natureza como outro qualquer, tornou-se em certo momento, a principal medida e assim a fonte de toda a lei. Tal acontece porque o mesmo é dotado de consciência, razão e liberdade (interpretação filosófica) e é feito à imagem e semelhança de Deus, o Criador (interpretação teológica).

O grande ponto de viragem, que estipulou a atribuição substancial de importância da dignidade de todo o ser humano (com direitos inalienáveis e sagrados como a vida, liberdade e busca de felicidade) foi a elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem no fim do século XVIII, sucedendo-se posteriormente muitos outros instrumentos.

Por fim, para que o ser humano consiga viver com a sua dignidade e garantias inerentes, precisa de confiar na ordem normativa direito, sendo necessária a segurança por parte desta. Nestes termos, a finalidade “segurança jurídica” tem como funções fundamentais proporcionar uma vivência estável e pacifica na correspondente civilização (estado de ordem e paz), onde cada um conheça os seus direitos e deveres e as consequências decorrentes dos comportamentos realizados (certeza jurídica).

Deve ainda salvaguardar os cidadãos perante a autoridade pública que pode por vezes, devido ao deslumbramento do poder, tornar-se prepotente e arbitrária, violando desta forma os fundamentos e restantes propósitos descritos.

Tais finalidades visam assim permitir que todos os cidadãos, sem qualquer tipo de discriminação e em respeito ao princípio da dignidade humana, usufruam da adequada integração na sociedade onde se encontram inseridos.

Miguel Furtado, Professor do ISG

À Conversa com o Diretor do ISG, Professor Miguel Varela

À Conversa com o Diretor do ISG, Professor Miguel Varela

Na próxima quinta-feira, dia 22 de Fevereiro de 2018, pelas 14h30, acontece no ISG, a Sessão “À Conversa com o Diretor do ISG, Professor Miguel Varela”, seguida de uma visita às instalações por parte dos alunos do 12ºAno do Real Colégio de Portugal, e do 2º AVE (11ºAno) e 2ºAC (11ºAno) da Escola de Comércio de Lisboa, na sala 0.12, no piso 0.

PROGRAMA

14h15: Receção e Boas vindas dos Alunos
14h30: À Conversa com o Diretor do ISG, Professor Doutor Miguel Varela
15h10: Visita às instalações do ISG
16h00: Fim

#SOUDACASA!
Amanhã será a tua escola!

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