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Simplex eleitoral e e-democracia: do e-voting ao m-voting

Simplex eleitoral e e-democracia: do e-voting ao m-voting

As eleições presidenciais do passado dia 24 de janeiro vieram confirmar a tendência dos valores crescentes da abstenção. Independentemente de se tratar de eleições presidenciais, legislativas, autárquicas ou europeias, a realidade dos números espelha o desinteresse e falta de identificação dos cidadãos com o sistema e processos políticos e com as suas instituições, em especial por parte dos mais jovens.

Até as sondagens sobrestimaram a participação eleitoral. Dos cerca de 10,8 milhões de recenseados, apenas votaram 4,2 milhões, confirmando que a abstenção tem vindo a aumentar desde 1975, em que a abstenção se ficou por apenas 8,3%. Atualmente, é habitual verificarem-se taxas de abstenção de 50% ou superiores nos diversos atos eleitorais dos últimos anos.

Portugal evoluiu muito no que toca à digitalização e simplificação de processos no Estado, no que toca à esfera pública e de relações de cidadania. Veja-se o Simplex e as mudanças na Autoridade Tributária, por exemplo, com o Portal das Finanças e com o e-fatura, ou com o Portal do Cidadão e agendamentos online, com a utilização do cartão de cidadão ou da chave móvel digital.

No campo eleitoral, a e-governação e a e-democracia parecem ter estagnado, mesmo após Portugal ter desenvolvido projetos neste sentido há quase 25 anos através do Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE) nas eleições de 1997. Depois, outros projetos foram tentados, mas sem consequências práticas. Desde então, a tecnologia e a digitalização de documentos e processos muito evoluiu. Não falo no voto eletrónico presencial pois pouco valor acrescenta ao processo, poupando apenas em papel (boletins de voto) e em tempo de apuramento de resultados. Vou muito mais longe: porque não permitir o voto sem sair de casa ou em mobilidade (m) com recurso ao telemóvel através da internet (m-voting), com a utilização do cartão de cidadão ou chave móvel digital? As questões de segurança e de legislação parecem-me facilmente ultrapassáveis, ao contrário da aparente falta de vontade (ou iniciativa política) em reformar a Comissão Nacional de Eleições, que parece ter parado no século passado. Os custos de um processo eleitoral com meios logísticos, humanos e de tempo são enormes. É urgente reformular estes processos eleitorais, inclusivamente o facto de nalgumas eleições ser permitido o voto por correspondência e noutras não.

Há 20 anos que a Estónia desenvolveu experiências neste sentido e foi pioneira na votação via internet, tendo sido aplicada em 2007 nas eleições legislativas, constituindo a primeira experiência mundial. Apesar das críticas e de ameaças de vulnerabilidades, a segurança foi garantida e os resultados validados. A verdade é que a abstenção tem vindo a reduzir de eleição para eleição. Além da grande vantagem em termos de mobilização e de redução de custos com a logística eleitoral, o e-voting na Estónia refere-se apenas a votações a partir da internet (de casa, do telemóvel, etc.) e não a votações eletrónicas em locais fixos de votação.

Através de um sistema de autenticação semelhante ao utilizado no cartão de cidadão português, a votação pela Internet na Estónia está disponível durante um período de votação antecipada e os eleitores podem mudar o seu voto até ao dia da eleição. Mais de 30% dos eleitores na Estónia já recorrem a este processo. Outro argumento recorrente será a dificuldade das pessoas com mais idade ou dos que não têm acesso a tecnologias. Se em ambos os casos poderiam existir alternativas tradicionais de voto, a verdade é que também o IRS é entregue via Portal das Finanças (bem mais complicado que votar), as consultas nos centros de saúde são agendadas no portal e que a taxa de penetração dos telemóveis em Portugal é superior a 130%!

Portugal é um país inovador e criativo, inclusivamente no que toca a tecnologia. Mas falta-nos arrojo! Que belo exemplo poderíamos dar à digitalização, à participação cívica, com a criação do voto exclusivo via internet (m-voting).

Professor Doutor Miguel Varela, Diretor do Instituto Superior de Gestão para o Jornal de Negócios

Webinar: “Gestão da Mudança: Garantir o Sucesso dos Projetos!”

Webinar: “Gestão da Mudança: Garantir o Sucesso dos Projetos!”

“Gestão da Mudança: Garantir o Sucesso dos Projetos!” é o tema da Webinar ministrada pelo Engenheiro João Virott da Costa, no âmbito da Pós-Graduação de Gestão de Projetos.

No próximo dia 04 de fevereiro de 2021, pelas 19 horas pode juntar-se à reunião, através do link: https://us02web.zoom.us/j/84974371199?pwd=dWt6TVN0dkNoYkhlRyt5Wkxyb3kyUT09

ID da Reunião: 849 7437 119

Senha de Acesso: 744382

Pode também visitar a página da Pós-Graduação de Gestão de Projetos em: https://www.isg.pt/home/oferta-formativa/pg/gestao-de-projetos/

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Programa Estágios Curriculares – MNE

Programa Estágios Curriculares – MNE

A XVII edição do Programa de Estágios Curriculares do Ministério dos Negócios Estrangeiros está aberta!

Nesta edição, os serviços do MNE colocam a concurso 119 vagas de estágio, distribuídas por 37 Representações Diplomáticas e 13 Serviços Internos deste Ministério.

As áreas de formação contempladas são:
– Administração Pública, Privada e Expediente Diário;
– Relações Públicas;
– Ciência Política, Relações Internacionais, História;
– Direito;
– Gestão;
– Economia, Finanças, Contabilidade;
– Línguas, Literaturas e Culturas;
– Ciências da Comunicação;
– Ciências da Informação e Documentação;
– Informática, Design e Multimédia;

As candidaturas serão realizadas online, através da página www.pec.gov.pt.

O período de candidaturas irá decorrer entre 25 de janeiro (segunda-feira) e 12 de fevereiro de 2021 (sexta-feira).

Os estágios têm início a 15 de abril ou 15 de julho de 2021 e podem ter a duração de 3 ou 6 meses.

Double Degrees

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Já imaginou ter duas licenciaturas em quatro anos?

No ISG é possível!

Se pretende licenciar-se ou é estudante em Economia ou em Gestão no nosso Instituto, após a conclusão do respetivo ciclo de estudos e sendo titular de curso de ensino superior, pode requerer um processo de equivalências e matricular-se, por 1 ano (2 semestres) na licenciatura em Gestão ou em Economia.

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